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    Oscar tem novas regras para aumentar representatividade na categoria “Melhor Filme”

    A Academia de Artes e Ciências Cinematográficas mudou as diretrizes do principal prêmio da cerimônia

    Em junho deste ano, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas anunciou mudanças em suas regras para aumentar a diversidade presente no Oscar. Agora, um comunicado feito pela Academia revelou os novos requisitos para que filmes sejam indicados a uma das categorias mais importantes da cerimônia, a de Melhor Filme. As novas regras valem a partir de 2022 e se tornarão definitivas para o prêmio de 2024.

    Por meio da nota emitida, o presidente e o CEO da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, David Rubin e Dawn Hudson, falaram sobre a importância da inclusão no Oscar.

    O espaço deve ser ampliado para refletir a diversidade da população global, tanto na produção de filmes, quanto nas audiências que se conectam a eles. A Academia quer desempenhar um papel vital ao ajudar a tornar isso uma realidade. Acreditamos que esses padrões de inclusão sejam o catalisador de uma mudança duradoura e essencial na nossa indústria.

    O novo regulamento apresenta quatro padrões principais e os estúdios serão obrigados a respeitar, pelo menos, dois deles para deixar um filme elegível para Melhor Filme.

    Vale dizer que em todas as outras categorias ainda são válidos os requisitos atuais. No entanto, os títulos que concorrem como Melhor Animação, Melhor Documentário e Melhor Filme Internacional, e forem submetidos para Melhor Filme, serão tratados separadamente.

    Veja as novas regras abaixo, que foram divididas em padrões pela Academia.

    Padrão A: Representatividade de temas e narrativas na tela (para conseguir, o filme precisa apresentar 1 dos 3 critérios abaixo)

    • A.1: Pelo menos um dos atores principais ou coadjuvantes com destaque deve ser de uma etnia ou grupo racial pouco representado. Exemplos: asiático, latino/hispânico, negro, nativo-americano, norte-africano, nativo havaiano, outros grupos.
    • A.2: Pelo menos 30% de todo o elenco em papéis secundários ou menores devem pertencer a dois grupos pouco representados. Exemplos: mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva.
    • A.3: A história principal, o tema ou a narrativa deve ser centrada em um grupo pouco representado. Exemplos: mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva.

    Padrão B: Liderança criativa e equipe do projeto (para conseguir, o filme precisa apresentar 1 dos 3 critérios abaixo)

    • B.1: Pelo menos dois membros da liderança criativa e chefes de departamento – diretor de elenco, diretor de fotografia, compositor, figurinista, diretor, editor, cabeleireiro, maquiador, produtor, designer de produção, decorador de set, editor de som, supervisor de efeitos visuais, roteirista – devem pertencer a um grupo pouco representado. Exemplos: mulheres, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva. Pelo menos um membro deve ser de uma etnia ou grupo racial pouco representado. Exemplos: asiático, latino/hispânico, negro, nativo-americano, norte-africano, nativo havaiano, outros grupos.
    • B.2: Pelo menos seis membros da equipe (com exceção de Produtor Associado) devem pertencer a um grupo pouco representado. Exemplos: asiático, latino/hispânico, negro, nativo-americano, norte-africano, nativo havaiano, outros grupos.
    • B.3: Pelo menos 30% de toda a equipe técnica deve pertencer a um grupo pouco representado. Exemplos: mulheres, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva.

    Padrão C: Acesso à Indústria e oportunidades (os dois critérios são necessários)

    • C.1: O produtor ou distribuidor do filme deve financiar aprendizado/estágio remunerado para pessoas de grupos pouco representados; assim como a maior parte de departamentos de grandes estúdios (desenvolvimento/pré-produção, produção presencial, pós-produção, música, efeitos visuais, aquisições, administração, distribuição, marketing e publicidade); já no caso de estúdios pequenos e independentes, pelo menos dois aprendizes/estagiários assalariados devem pertencer a grupos pouco representados em pelo menos um dos departamentos. Exemplos: mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva.
    • C.2: A empresa responsável pela produção, distribuição e financiamento do filme deve oferecer oportunidades de emprego ou capacitação para pessoas de grupos pouco representados. Exemplos: mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva.

    Padrão D: Desenvolvimento da audiência (necessário cumprir o critério abaixo)

    • O estúdio ou empresa responsável pelo filme deve ter executivos sênior de grupos pouco representados em suas equipes de marketing, publicidade e distribuição. Exemplos: mulheres, grupos raciais ou étnicos, LGBTQI+, pessoas com deficiência física ou cognitiva.

    O Oscar 2021 ainda não contará com as regras acima. Por causa da pandemia de COVID-19, o novo coronavírus, a cerimônia foi oficialmente adiado para o dia 25 de abril do ano que vem. Inicialmente, o evento era para acontecer no dia 28 de fevereiro.

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