A Disney decidiu suspender a produção de sua adaptação de O Livro do Cemitério, de Neil Gaiman, depois que cinco mulheres acusaram o escritor de abuso sexual. A produção, que já estava em pré-produção, foi pausada, mas ainda não está totalmente cancelada. Marc Forster estava confirmado como diretor do projeto.
As acusações vieram à tona depois do lançamento de uma série de podcasts da startup britânica Tortoise Media, detalhando os relatos de quatro mulheres. Uma quinta mulher fez acusações em julho, durante o podcast Am I Broken: Survivor Stories.
Entre os depoimentos, duas mulheres afirmam que mantiveram relações consensuais com Gaiman, mas alegam que foram forçadas a práticas sexuais “brutas e degradantes” sem consentimento. As ocorrências relatadas aconteceram em anos diferentes.
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Gaiman, que nega as acusações, é conhecido internacionalmente por obras como Sandman, Deuses Americanos, Good Omens e Coraline.
A produção de O Livro do Cemitério, que conta a história de um garoto criado por seres sobrenaturais em um cemitério depois do assassinato de sua família, ainda não tinha elenco confirmado.
O diretor Henry Selick (Coraline) esteva ligado ao projeto quando a Disney adquiriu os direitos, em 2012. Marc Forster assumiu a direção e a produção em 2022, ao lado de sua parceira Renée Wolfe, com roteiro de David Magee (Em Busca da Terra do Nunca).
Em uma postagem no Tumblr, em dezembro de 2022, Gaiman esclareceu que não estava envolvido na produção da Disney. Respondendo a um fã, ele disse:
Você sabe tanto quanto eu sei. E não, sem controle ou participação. Dedos cruzados para que, se fizerem, seja bom.
Além disso, a Netflix anunciou no fim de agosto que Garotos Detetives Mortos, série baseada em personagens co-criados por Gaiman para a DC Comics, não ganhará uma segunda temporada.