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    É ASSIM QUE ACABA: filme reforça a crítica à violência contra a mulher e supera o livro

    Colleen Hoover consegue adaptar suas obras?

    Colleen Hoover apesar de ser uma autora muito criticada, por não ser inclusiva e ter histórias – em sua maioria – clichês, aborda temas importantes em algumas obras, que atingem o público jovem. Além disso, é por meio de suas obras que muitos adolescentes e jovens adultos criam o hábito da leitura.

    Quando o assunto é É assim que acaba, ela se aprofunda mais em um tema atual e importante: violência contra a mulher.

    Em resumo, sobre o enredo do livro, trata-se da história de Lily, uma jovem de 23 anos que teve uma infância conturbada. Seu pai agredia sua mãe constantemente, o que a fez prometer a si mesma que nunca aceitaria viver algo parecido.

    Mas, um fato que trouxe vida à adolescência de Lily foi o encontro com Atlas, um adolescente da mesma idade que morava em uma casa abandonada, e tinha uma família ainda mais desestruturada. Lily e Atlas se conectam por conta dos desafios que enfrentam. Mas esse contato deles se limita apenas na adolescência.

    Anos após, na semana do falecimento de seu pai, ela conhece Ryle – um neurocirurgião renomado – e é aí que sua vida começa a “desandar”. O que parecia o início de uma história de amor logo se transforma em um pesadelo.

    Um dos pontos mais criticados no livro é a forma como Hoover apresenta as agressões. Pois, ela não esclarece as cenas de violência e os leitores ficam na dúvida juntamente a protagonista “será que isso é realmente uma agressão?”

    Inclusive a própria Lily não tem 100% de certeza se Ryle realmente a bateu depois de queimar a mão na forma que saiu do forno, por exemplo, se a empurrou da escada, ou se tudo foi apenas um acidente.

    Quando se trata da adaptação do livro ao filme, a obra cinematográfica ganha alguns pontinhos em comparação ao livro, visto que no final do filme temos flashbacks das agressões, de modo que fica claro que elas houveram.

    Além disso, a trilha sonora escolhida foi muito boa e a músicaMy Tears Ricochet”, de Taylor Swift, se encaixou muito bem com o contexto do filme.

    O livro ficou bem famoso por suas cenas Hot, especialmente com Ryle, mas o filme opta por não ter cenas tão explícitas, como foi o caso em After ou Cinquenta Tons de Cinza, o que foi ótimo pois não tirou o foco da violência contra a mulher.

    No filme, a aproximação de Atlas e Lily é mais breve – nos livros, a protagonista passa mais tempo com o Atlas, tanto na adolescência quanto na vida adulta. 

    O final também sofreu uma pequena alteração. No livro, Lily divide os cuidados de Emerson com Ryle. Já no filme, a cena final tem Lily ao lado da mãe, cuidando de Emerson. Quando reencontra Atlas, ela menciona que criou a filha sozinha, sem fazer referência à guarda compartilhada.

    De forma geral, o livro é envolvente, fazendo com que o público jovem se interesse e anseiem por finalizar a leitura. Já o livro, pelos leitores de modo geral foi elogiado, mas para quem não leu a obra acaba ficando um pouco confuso.

    E agora estamos no aguardo do lançamento de Verity, o livro de suspense mais famoso de Colleen Hoover, que será protagonizado por Anne Hathaway, Dakota Johnson e Josh Hartnett. Ou seja, vem aí um triangulo amoroso picante e cheio de mistérios, que está sendo dirigido por Michael Showalter.


    Produzido por Ana Flávia Pandolfo da Silva, aluna da graduação de Cinema e Mídias Digitais da Faculdade Fastech, sob supervisão do professor Matheus Prado.

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    Lily Bloom decide começar uma nova vida em Boston e tentar abrir o seu próprio negócio. Como consequência de sua mudança de vida, Lily acredita que encontrou o amor verdadeiro com Ryle, um charmoso neurocirurgião. No entanto, as coisas se complicam quando um incidente doloroso desencadeia um trauma do passado e também, quando seu primeiro amor reaparece.É ASSIM QUE ACABA: filme reforça a crítica à violência contra a mulher e supera o livro