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    ESPECIAL FASTECH: a crítica política de “Bacurau” e sua representatividade para o povo brasileiro

    Filme brasileiro premiado retrata um povoado do sertão que desaparece misteriosamente do mapa e passa a ser alvo de estrangeiros, abordando desigualdade, colonialismo e resistência popular.

    Bacurau é um filme brasileiro, que estreiou em agosto de 2019. O longa é repleto de significado e metáforas, que surpreende o público constantemente, misturando gêneros de ficção científica, velho oeste e horror.

    Ele conta a história de um pequeno povoado do sertão brasileiro, que misteriosamente saiu do mapa. Com isso, os moradores começam a perceber movimentações questionáveis na região, como o surgimento de cadáveres e drones suspeitos. Hoje citarei os pontos mais interessantes desta obra cinematográfica, que na minha opinião é um dos melhores filmes brasileiros já feitos.

    Bacurau | Créditos: Reprodução

    É nítida a situação de abandono da pequena cidade e sua população e isso é claramente exposto nos primeiros minutos do filme, quando o candidato a prefeito da cidade aparece afim de trazer mantimentos para o povo e mostrar seu acolhimento aos cidadãos, mas tal atitude é claramente tratada como uma sátira, visto que, as ações do candidato claramente são visadas por puro interesse.

    O que de certa forma, faz uma crítica à situação política do Brasil, onde muitas cidades e povoados são completamente abandonados, exceto quando há época de eleições.

    Outro ponto interessante do filme, é a atitude dos estrangeiros em relação ao Brasil. Ao decorrer da narrativa, os habitantes de Bacurau são constantemente atacados por pessoas, principalmente vindas dos Estados Unidos, que demonstram total desdém à aquele povo, como se eles fossem insignificantes ao ponto de terem suas vidas ceifadas por puro entretenimento.

    Todavia, Bacurau se mostra resistente, retratando muito bem a força do povo brasileiro, que embora muitas vezes é desprezado, a perseverança de se erguer é muito mais forte. O enredo retrata muito bem o Brasil e vale muito a pena ser apreciado.


    Produzido por Isabela Gibbert, aluna da graduação de Cinema e Mídias Digitais da Faculdade Fastech, sob supervisão do professor Matheus Prado.

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