O longa In Darkness tem dado o que falar desde que estreou. Mas a questão não é o roteiro ou a qualidade do filme, mas sim a “nudez gratuita”, que tem chamado a atenção dos críticos. Natalie Dormer, a rainha Margaery Tyrell de “Game of Thrones”, interpreta uma mulher cega, Sofia, que se vê envolta em um grande mistério quando sua misteriosa vizinha é jogada do telhado em um aparente assassinato.

Os críticos elogiaram o filme pela direção muito bem feita e pelo desempenho de Dormer, mas muitos discordaram do sotaque do leste europeu de Emily Ratajkowski e da nudez abundante do filme. Um crítico escreveu que a violência era “sádica”. Outro descreveu o filme como um “thriller inútil” que “encontra itens de fetiche por toda parte”.

O The Hollywood Reporter escreveu:

O filme infunde o seu enredo bastante genérico com alguns dispositivos estilísticos audaciosos como a sequência intercultando o ritual de lavagem do corpo de Veronique com imagens do banho de Sofia, este último completo com nudez gratuita.

Dormer, que co-escreveu o roteiro, defendeu seu filme em uma entrevista ao The Guardian.

Tem que haver sexualidade no jogo de poder de um thriller. Afinal de contas, todos nós temos corpos. Neste filme, a cena de sexo, que para mim era uma cena de amor, é uma metáfora do modo como minha personagem se conecta com o papel desempenhado pelo ator Ed Skrein… A nudez é um bom equalizador e a cena do chuveiro também mostra as tatuagens no corpo da minha personagem e deixa claro que ela não é exatamente quem você pensa.

Ela também defendeu uma cena de sexo.

Se os personagens principais não têm uma conexão clara, então não funciona… E na tela tem que ser uma conexão física entre duas pessoas problemáticas. Essa foi a minha intenção. Em um thriller, os protagonistas sempre têm que se unir de alguma forma e o sexo representa essa conexão. Se você está sendo fiel ao gênero, você tem que mostrar isso.