A atriz Kate Winslet já trabalhou com inúmeros grandes cineastas durante sua longa carreira na indústria. Dois deles, certamente, são tão talentosos quanto são polêmicos: Roman Polanski (Deus da Carnificina) e Woody Allen, realizador que dirigiu Winslet no vindouro Wonder Wheel. Em entrevista ao The New York Times, a atriz justificou sua decisão de trabalhar com estes diretores, apesar das controvérsias:
“É claro que você pensa sobre isso [as acusações criminais contra Woody Allen e Roman Polanski]. Mas, ao mesmo tempo, eu não conhecia Woody e não sabia nada sobre sua família. Como parte do elenco, você simplesmente tem que se distanciar disso porque você não sabe nada sobre o caso, não sabe se as alegações são verdadeiras ou falsas. Tendo pensado sobre isso, você simplesmente deixa isso de lado e trabalha com a pessoa. Woody Allen é um diretor incrível. Assim como Roman Polanski. Tive experiências extraordinárias trabalhando com ambos os diretores e essa é a verdade”.
Na declaração, Winslet se refere aos crimes que Allen e Polanski foram acusados de cometer. Segundo a atriz Mia Farrow, o diretor de Noivo Neurótico, Noiva Nervosa abusou sexualmente da filha dos dois, Dylan, quando a menina tinha sete anos. O realizador polaco-francês, por sua vez, já foi acusado de abusar sexualmente de menores em três ocasiões diferentes. Por causa de um destes casos, no final da década de 1970, um juiz estadunidense emitiu uma sentença de prisão à Polanski. Desde então, o diretor não pode colocar os pés nos Estados Unidos, uma vez que, se assim o fizer, será imediatamente encarcerado pelo crime cometido.
Por causa do conteúdo da entrevista, muitos fãs utilizaram as redes sociais para se pronunciarem contra a declaração da atriz. Winslet ainda não se pronunciou sobre as reações dos fãs. Wonder Wheel, filme coestrelado por James Belushi, Justin Timberlake e Juno Temple, chega aos cinemas brasileiros no dia 28 de dezembro.