Martin Scorsese, cineasta cultuado no mundo inteiro e reconhecido cinéfilo apaixonado, fez uma declaração polêmica num debate ocorrido ontem no BFI Southbank, em Londres. Ele criticou a forma mais comum de assistir filmes no mundo todo: em casa. Mas a polêmica se dá pelo fato de que o cineasta acabou de assinar um contrato com a Netflix, empresa de streaming que produz filmes para serem vistos… em casa!
“O problema agora é que tudo ao redor do frame é distrativo. Você pode ver um filme num iPad. Você pode colocar ele bem perto do seu rosto, no quarto, trancar a porta e assistir, mas ainda assim algo permanece brilhando aqui e ali. Mesmo quando você está vendo numa grande TV, existem outras coisas no recinto. O telefone toca. Pessoas entram e saem. Não é a melhor maneira.”
O que nos resta é tentar entender como ele vai lidar com o público vendo The Irishman, seu próximo projeto que sairá diretamente pela Netflix e não deve estrear em salas de cinema. O filme, que antes pertencia a Paramount, terá Robert De Niro e Al Pacino no elenco e conta a história de um assassino da máfia, Frank Sheeran. Porém, The Irishman não deve estear antes de 2018.
Silêncio, último longa de Martin Scorsese sobre jesuítas portugueses que vão ao Japão em busca de seu mentor desaparecido, estreia dia 9 de março.
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