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    Conheça o esquema montado para blindar dubladores de “Game of Thrones”

    Na luta contra spoilers de Game of Thrones, há quem saiba de vários deles, mas tenha contrato assinado para não espalhar. Trata-se do atual elenco de dubladores da série, que assumiu as vozes de “GoT” na sexta temporada, quando o estúdio carioca responsável pela versão brasileira foi trocado por um de São Paulo.

    O trabalho deles é exibido no canal HBO2 simultaneamente à versão legendada. A dublagem dos novos episódios foi feita em três etapas entre junho e julho. Todos os dubladores envolvidos assinaram contrato de sigilo, passível de multa caso alguma informação vazasse.

    Especialmente com GoT, outros cuidados de segurança foram tomados. Michelle Giudice, dubladora da Sansa, explica esse fato:

    “Na hora de gravar, os dubladores não puderam entrar com celular, e trabalhamos em cima de um vídeo em preto e branco, cheio de marcas d’água e não finalizado, sem alguns efeitos e sem edições de áudio”.

    Como é de praxe, cada ator assiste apenas às cenas em que seu personagem aparece falando. Se não for fluente na língua original do material, não saberá o que os outros personagens estão dizendo, pois só recebe o texto traduzido do que vai dublar. Assim, cada dublador lida apenas com os spoilers que envolvem quem ganha sua voz.

    “Dublei com gosto a morte do Lorde Ramsay Bolton. O público torcia para acontecer, o que me deixou ansiosa para as pessoas assistirem”.

    André Sauer, dublador de Jon Snow, segurou um dos maiores spoilers da série: ele assumiu o papel entre a morte do personagem e sua ressurreição (quinta para a sexta temporada).

    “Fiz o teste sem saber se ele estaria em novos episódios ou apenas em cenas recordatórias”.

    No início de agosto, o americano Todd Yellin, responsável pela área de inovação da Netflix, disse que quase 90% dos usuários brasileiros do serviço preferem assistir versões dubladas; não há garantia de que o mesmo ocorra na HBO, mas o número é expressivo.

    Ainda assim, os dubladores, que são atores por formação e se profissionalizam em dublagem com cursos complementares, lidam com preconceito contra seu trabalho.

    Michelle aponta a existência de diferenças de qualidade técnica e artística entre os trabalhos que chegam ao espectador:

    “Dados como esse são importantes porque questionam o tabu de que dublagem é ruim”

    Sandra Mara Azevedo, dubladora de Cersei, também comenta:

    “A dublagem presta um serviço de democratização do entretenimento, pois dublado todo mundo entende absolutamente tudo e, se a dublagem é bem feita, a experiência fica mais completa. A melhor dublagem é a que não atrapalha, você não fica lembrando o tempo todo que está dublado e aproveita o conteúdo se divertindo com a história.”

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