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    Mais de 400 astros de Hollywood assinam carta aberta contra I.A. e cobram postura de Trump

    Grandes nomes do cinema e da música, como Paul McCartney, Cate Blanchett e Taika Waititi, pedem que a administração de Donald Trump mantenha as proteções de direitos autorais e rejeite pressões de gigantes da tecnologia como Google e OpenAI.

    O embate entre Hollywood e a Inteligência Artificial ganhou um novo capítulo. Mais de 400 artistas e criadores da indústria do entretenimento assinaram uma carta aberta à Casa Branca, pedindo que o governo Donald Trump não flexibilize as leis de direitos autorais em favor das empresas de tecnologia.

    O documento, enviado ao Escritório de Política Científica e Tecnológica da Casa Branca, surge em resposta às recentes submissões do Google e da OpenAI, que defendem a legalidade do treinamento de modelos de IA com conteúdos protegidos sem necessidade de permissão ou compensação.

    Entre os signatários da carta estão Paul McCartney, Mark Ruffalo, Cate Blanchett, Taika Waititi, Ben Stiller, Guillermo del Toro, Phoebe Waller-Bridge, Bette Midler, Ava DuVernay, Paul Simon, Olivia Wilde, Judd Apatow, Chris Rock, Michaela Coel e Rian Johnson, além de diversos outros atores, diretores, roteiristas e músicos renomados.

    Mark Ruffalo aderiu à greve dos atores | Créditos: Reprodução

    No documento, os artistas argumentam que a tentativa de enfraquecer as proteções autorais ameaça diretamente a economia criativa dos Estados Unidos, um setor que emprega mais de 2,3 milhões de trabalhadores e gera US$ 229 bilhões em salários anualmente.

    Acreditamos firmemente que a liderança global da América em IA não deve vir às custas de nossas indústrias criativas essenciais. […] As empresas de IA estão pedindo para minar essa força econômica e cultural ao enfraquecer as proteções de direitos autorais para filmes, séries de televisão, obras de arte, textos, músicas e vozes usadas para treinar modelos de IA no cerne de avaliações corporativas multibilionárias.

    Os artistas também alertam que o impacto vai além da indústria do entretenimento, atingindo escritores, cientistas, médicos, arquitetos, engenheiros e outros profissionais que dependem da proteção de sua propriedade intelectual.

    A carta ainda critica diretamente Google e OpenAI, alegando que as empresas querem uma “isenção especial do governo” para usar livremente conteúdo protegido, apesar de seus altos valores de mercado – US$ 2 trilhões para o Google e US$ 157 bilhões para a OpenAI.

    Os artistas defendem que o caminho correto para o uso de obras protegidas é a negociação de licenças, como acontece em qualquer outra indústria.

    Com o avanço da IA e sua crescente influência no entretenimento, a batalha entre criadores de conteúdo e gigantes da tecnologia deve continuar. Agora, resta saber qual será a posição do governo dos Estados Unidos diante das demandas da indústria criativa.

    Fonte:Variety

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