Em abril, a atriz Allison Mack, de Smallvile, foi presa por se envolver com uma seita que, entre outras coisas, promovia rituais envolvendo escravidão sexual. Na última semana, ela compareceu a um tribunal de Nova York e negou todas as acusações, se declarando inocente.
O caso agora será encaminhado para um tribunal federal e o julgamento da atriz começa em 7 de janeiro de 2019. William Sweeney, diretor assistente do escritório nova-iorquino do FBI, disse, em comunicado oficial, que a decisão só vai aumentar os esforços do Bureau em trazer justiça para todas as vítimas da seita.
A prisão ocorreu por conta da descoberta da seita Nxivm (a pronúncia é Nexium), liderada por Keith Raniere (preso em março) e pela própria Mack. O trabalho da atriz dentro do culto era recrutar jovens mulheres, que eram obrigadas a fazer sexo com Raniere sempre que ele desejasse. As moças eram marcadas com um ferro quente que trazia as iniciais de Raniere e de Mack e precisavam seguir uma dieta restritiva rígida e uma série de diretrizes de cuidados pessoais que visavam atingir um padrão de beleza que era preferido pelo líder.
Para evitar que as mulheres se distanciassem do culto, elas eram obrigadas a contar segredos íntimos, que serviam para chantageá-las caso tentassem sair do Nxivm. Tudo isso era envolto em um discurso de empoderamento feminino e libertação, que era propagado através de cursos e palestras. As “escravas” (denominação dada às integrantes do grupo pelo próprio Raniere) eram obrigadas a recrutar cada vez mais adeptas para a seita. Mais detalhes do funcionamento do Nxivm não foram detalhados por enquanto.
Mack responde o processo em liberdade.