Nós nem levamos seres humanos para Marte ainda, mas já tem gente planejando uma safra de vinhos direto do planeta vermelho. O projeto IX Millennium, capitaneado pela Georgia (o país que se auto-intitula como inventores do vinho), envolverá diversas pesquisas e o desenvolvimento de técnicas e infraestruturas para permitir que uvas resistam as altas taxas de radiações em marte.
O próximo passo do projeto é encontrar uma espécie de uva que seja resistente o bastante para aguentar radiação, tempestades de areia e bruscas mudanças na temperatura. De acordo com a agência de notícias local Agenda.ge (via LiveScience), o IX Millennium começará em 2019 com o desenvolvimento de uma estufa vertical que simulará o clima marciano. Nesta estufa, as plantas terão o mínimo de contato possível com seres humanos e seu crescimento será auxiliado por luzes hidropônicas.
Em entrevista ao Washington Post, o fundador da Agência de Pesquisa Espacial da Georgia, Nikoloz Doborjginidze, afirma que seus ancestrais foram os inventores do vinho e, por conta disso, seria uma obrigação moral que o país fosse o primeiro a levar vinho à Marte. Apesar da afirmação do porta-voz, a comunidade científica diverge sobre quem foram os primeiros inventores do vinho. A maioria dos historiadores acreditam nas evidências de que a Armênia foi o primeiro país a fabricar o elixir.
Para os próximos anos, o projeto pretende criar um laboratório especializado no plantio de uvas em Marte para a Universidade de Tbilisi.
Os pesquisadores da Georgia apostam que o vinho branco será o mais adequado para se produzir no planeta — já que as uvas verdes tem uma casca reforçada; o que, segundo eles, seria propício para resistir a radiação.