Tony Mendes, o homem conhecido por liderar missão que salvou seis diplomatas após tomada da Embaixada americana em Teerã na Revolução Iraniana, morreu no domingo aos 78 anos. A história do ex-agente da CIA foi responsável por inspirar o filme Argo, de Ben Affleck, vencedor do Oscar em 2013.
Ele sofria da mal de Parkinson havia alguns anos. Enquanto foi agente da CIA, a agência central de inteligência dos Estados Unidos, Mendez se especializou em disfarces, falsificações e resgates.
Sua missão mais famosa foi em 1980, quando posou de cineasta fazendo um filme no Irã e conseguiu resgatar seis diplomatas americanos que estavam ilhados na Embaixada canadense em Teerã.
Os americanos estavam abrigados ali depois que um grande grupo de estudantes e militantes islâmicos atacou a Embaixada dos Estados Unidos, mantendo 52 funcionários e diplomatas americanos como reféns – causando uma grave crise diplomática entre EUA e Irã.
A Embaixada americana foi tomada por 444 dias. Os estudantes, que apoiavam a Revolução Iraniana de 1979, exigiam que os EUA entregassem o xã do Irã para que este fosse levado à julgamento. O auge da crise veio em abril de 1980, quando os EUA tentaram resgatar os reféns em uma fracassada operação militar – que resultou na morte de 8 soldados e um civil iraniano.
Mendez conseguiu contrabandear os diplomatas que estavam na Embaixada canadense dando-lhes passaportes do Canadá e ensinando-os a posar de membros da equipe que estava no país fazendo um filme de ficção científica (que não existia), chamado “Argo”.
Com ajuda do Canadá, o grupo conseguiu enganar a segurança iraniana e embarcar em um voo para Zurique, na Suíça. Ben Affleck, que dirigiu e atuou no filme Argo, que conta a história, disse que Mendez é um “verdadeiro herói americano”.
“Ele era um homem de graça, decência, humildade e gentileza extraordinárias”, disse Affleck em um post no Twitter.
“Ele nunca buscou fama por suas ações, apenas queria servir o seu país.”